Década de 1970. Época marcada pelo grande contraste provocado pela ditadura no Brasil, com repressão militar e política, instaurada em 1964. O presidente era o general Emílio Garrastazu Médici, que governou de 1969 a 1974. Época também de alegrias. O brasileiro viu pela primeira vez na televisão a sua seleção canarinho conquistar o tricampeonato mundial no México. Foi também um ano positivo na economia. O País crescia 10% ao ano. Houve um aumento dos empréstimos obtidos no exterior e dos investimentos estrangeiros. Em Goiás, surgia a Associação Profissional dos Economistas de Goiás, sob a batuta do economista e professor de macroeconomia da PUC-Goiás, Mário de Freitas Carvalho. A iniciativa formou várias lideranças de classe como Reinaldo Fonseca dos Reis, Joacir Camelo Rocha, Goiaz do Araguaia Leite Vieira e tantos outros, que mais tarde passaram a fazer parte da diretoria do recém-criado Sindicato dos Economistas do Estado de Goiás.
Na mesma época, as lideranças formadas passaram a fazer parte do Conselho Regional de Economia de Brasília-DF da 11ª Região, como delegacia daquela entidade. Logo depois, Reinaldo Fonseca dos Reis foi nomeado primeiro delegado em Goiás na gestão 1975/1976. Joacir Camelo Rocha era o segundo delegado. Mais tarde, o grupo de economistas, formado na PUC-GO, realizou um estudo de viabilidade, que demonstrou a capacidade de emancipação e com aval do Conselho Federal de Economia (Cofecon), e, em setembro de 1976, por meio da Resolução de nº 176, foi fundado o Conselho Regional de Economia de Goiás da 18ª Região,o 18º a ser criado. 125 economistas com registro em Brasília foram automaticamente transferidos para o CORECON-GO. Em seguida, surgiu a discussão de como seria distribuída a numeração das inscrições dos 18 primeiros conselheiros. O plenário chegou ao consenso que os números 001 e 002 seriam o presidente e vice-presidente e os demais 16 seriam sorteados entre conselheiros efetivos e suplentes e o 19º ficaria com a assessoria jurídica.
Os economistas Joacir Camelo Rocha e Raymar Leite Santos foram eleitos presidente e vice-presidente, respectivamente, para a gestão de 1976 a 1979, como previa a legislação vigente da época. Logo no primeiro ano, foi criada a figura da secretaria executiva para o desempenho das rotinas administrativas como datilografia, recepção, telefone, arquivo, dentre outras atividades de apoio operacional. Outro fato importante foi a participação da Entidade, na pessoa do presidente, no Congresso dos conselhos de Economia em Brasília-DF. Durante o encontro, foi concretizada uma visita ao então Presidente da República, Ernesto Geisel, que na oportunidade disse ser fã da profissão.
Primeira sede e sonho adiado
A primeira sede foi instalada provisoriamente na Rua 7, Edifício Britânia, Centro, depois foi transferida para a Rua 94, Setor Sul, e mais tarde, Rua 110, também no Setor Sul. As mudanças apontaram a necessidade da construção de uma sede própria. Com a ajuda dos conselheiros, com destaque para Moacyr da Silva Filho, o CORECON-GO conseguiu, pelo Estado de Goiás, a doação de um lote urbano na Avenida Universitária, ao lado da Junta Comercial do Estado (JUCEG) para a construção da Casa do Economista. No entanto, era preciso correr contra o tempo e construir a sede num tempo hábil de dois anos, caso contrário, a doação reverteria novamente ao patrimônio do doador.
Projetos de engenharia foram elaborados e registrados, porém, o Conselho esbarrou na falta de recursos financeiros para tocar a obra. A opção era conseguir o valor do investimento no Cofecon e no Governo do Estado, por meio de convênio com recurso não reembolsável. No entanto, o CORECON-GO não tinha capacidade de endividamento para poder bancar uma operação de crédito a altura do cronograma físico-financeiro do empreendimento. Por conta disso, o terreno voltou para as mãos do doador e o sonho da sede própria se prolongou por mais alguns anos. E o plano foi adiado.
Década de 1980
Após quatro anos de gestão, Joacir Camelo Rocha deu lugar a Raymar Leite Santos (1980 e 1981), que deu seguimento ao trabalho da gestão anterior. Depois disso, veio a gestão de Vicente Luiz Cardoso (1982 e 1983). As principais propostas da nova presidência e dos conselheiros eram no combate incessante ao exercício ilegal da profissão por pessoas inabilitadas; inscrição/regularização junto a Entidade de um grande número de economistas que já exerciam a profissão no Estado e Prefeituras e na iniciativa privada; inscrição de autarquias, empresas públicas e de economia mista que, por força da legislação, eram obrigadas a ter Registro no CORECON-GO; inscrição e consequente contratação de economista como Responsável Técnico (RT) das empresas que elaboravam projetos para obtenção de financiamento bancário, notadamente agropecuário; dinamização do Centro de Estudos Econômicos, criado no Conselho em 1979; ampliação do quadro de economistas, incentivando a inscrição dos recém-formados, por meio de visitas, promoções de palestras, seminários, etc.
Na época, a era da informatização ainda não havia chegado aos pequenos e médios empreendimentos e estruturas administrativas. No CORECON-GO, o que havia de mais moderno era uma máquina de datilografia elétrica adquirida com recursos do Cofecon na administração anterior. Todos os controles eram realizados manualmente dando origem a centenas de processos em pastas recheadas de papeis contendo: requerimentos, informações, pareceres, decisões, providências, etc. Todos os pagamentos de anuidades, inscrições de novos economistas e empresas, alvarás de funcionamento de pessoas jurídicas, emissão de Carteira de identidade profissional e outros eram feitos diretamente na sede do Conselho. Todo esse trabalho administrativo, inclusive a elaboração das atas das reuniões plenárias, era realizado por uma única funcionária, de nome Rosalina, que às vezes levava, nos finais de semana, de ônibus urbano até Nerópolis, onde residia, a pesada máquina de escrever e na sua residência concluía os serviços pendentes.
No aspecto de instalações físicas, no segundo ano de mandato (1982), a sede foi transferida do Centro da Capital, para uma casa na Rua 94 (Setor Sul) próxima à Avenida 85. Ela ofertava amplos espaços suficientes não só para a administração como também para a promoção de festividades de congraçamento dos Economistas, seus familiares e convidados, como já tinha ocorrido em 1979 e1980, quando o Conselho teve como sede uma casa na mesma Rua 94, só que próxima à Avenida 83. Naquele mesmo endereço, como ocorre atualmente, funcionava o Sindicato dos Economistas, com o qual havia compartilhamento das despesas (energia elétrica, água limpeza, etc.). Depois de sua gestão, vieram os mandatos dos economistas Célio Costa (1984), Adailton Moraes Filho (1985), Nivaldo José Mendes (1986), Giuseppe Vecci (1987 e 1988), Miguel Rosa dos Santos (1989), Marconi Jacarandá Lakiss (1990 e 1991), Marcus Moreschi de Faria (1992) e Eber Vaz (1993).
Décadas de 1990 e 2000
Na gestão seguinte, do presidente Moacyr da Silva Filho (1994 e 1995), foi iniciado um trabalho de arrecadação de verba para a compra da sede. Em 1996, no mandato de Tomás de Aquino Pereira, o sonho foi realizado, graças ao auxílio do financiamento do Cofecon. O CORECON-GO comprou a casa pronta localizada na Rua 86, Nº 617, Setor Sul. Posteriormente, o local foi reformado, mobiliado, adequado ao funcionamento do CORECON-GO. As gestões seguintes foram dos economistas Bruno Garibaldi Fleury (1997), Giuseppe Vecci (1998), Veríssimo Aparecido da Silva (1999), Ubajara Berocan Leite (2000), Maria Tereza Umbelino De Souza (janeiro a julho de 2001) e José Cândido Filho (agosto a dezembro de 2001). Depois, Marcus Moreschi de Faria (2002 e 2003) assumiu a presidência. Uma das principais ações do mandato foi a criação do CORECON Acadêmico, que tem como objetivo aproximar o acadêmico do Conselho Regional de Economia. Sua diretoria é formada por alunos representantes das instituições de Ensino do Estado de Goiás que possuem curso de Ciências Econômicas.
Em 2004 e 2005, o presidente eleito foi Eduardo Rodrigues da Silva. Depois veio o mandato novamente de Eber Vaz (2006 e 2007). Na gestão de 2008, do presidente João de Alcântara Lopes, o esforço inicial era para manter o equilíbrio financeiro da Entidade, cumprindo todos os seus compromissos absolutamente em dia graças ao esforço do serviço de cobrança. A medida melhorou a concessão de parcelamento das dívidas atrasadas e a parcimônia utilizada na aplicação dos recursos propiciou alguns investimentos prioritários, como o início da reforma da sede, com a recuperação do telhado, aquisição de máquinas e equipamentos para uso no expediente, como projetor multimídia, dois microcomputadores completos, máquina fotográfica, etc. Além disso, foi trabalhada a imagem da Entidade junto à imprensa, através de artigos de economia nos principais meios de comunicação do Estado, como jornais O Popular, Diário da Manhã, Jornal Hoje, Rádios: Universitária, Brasil Central, Companhia, TVs: Brasil Central, Anhanguera, TV da PUC-GO e outros. O ano seguinte teve como presidente Rosa de Fátima Almeida de Oliveira (2009).
Avanços e futuro
Nos anos de 2010 e 2011, o economista Júlio Paschoal esteve à frente do Regional. Entre as principais ações, destaque para a implantação de uma assessoria de imprensa, o nascimento da revista institucional Economia & Finanças, criação de um novo site, entre outras. Em 2012 e 2013, o conselho foi presidido pelo economista Álen Rodrigues de Oliveira. O atual presidente é o economista Antônio Eurípedes.