Qual é o melhor jeito de deixar as pessoas sem álcool em gel? fechando estabelecimentos que vendem álcool em gel.
O que determina o preço de qualquer coisa é o mercado, ou seja, a interação de consumidores e vendedores. O consumidor compra porque vê mais valor no produto do que o preço que está pegando. Por outro lado, o vendedor só aceita aquele preço porque acha que vale menos do que está vendendo. Resultado: todo mundo ganha e sai feliz. Quando você vê o preço de uma coisa o seu cérebro vai ponderar um monte de coisas e, ao final, se você acha que vale mais que o preço, leva. Se não, não leva. Simples assim. Quando é uma coisa que você acredita que vale muito, você está disposto a pagar um preço alto e vice versa. Do lado do vendedor o processo é parecido, na parte do valor. Ele coloca o preço de acordo com o valor que ele acredita o consumidor dará ao bem. Se ele acredita que o consumidor acha o que bem vale muito, aumenta o preço. A recíproca é verdadeira. É o jeito que o mercado funciona, bem a la Adam Smith. Ai aparece alguém, do alto da sapiência, e decide reduzir a oferta do bem e impedir que o consumidor compre um bem que ele acha que vale mais que o preço que está pagando (porque, quando o consumidor achar que o bem não vale o preço que está sendo cobrado ele apenas deixará de comprar). Reduzindo a oferta, em livre mercado, ocorreria um aumento de preço. Mas, sob pena de ter o estabelecimento fechado, o vendedor não pode aumentar o preço. O que ele faz? Deixa de ofertar aquele bem (já que é muito arriscado, ou seja, não passa no teste benefício/custo). Aí, mesmo as pessoas que, por acharem que aquele bem vale muito mais que o preço, não o encontrarão no mercado formal. Aí o resto da história você já conhece. O resultado prático disso é apenas um: menos pessoas terão acesso aquele bem, independente do preço. Se é um bem para evitar a proliferação de uma pandemia, o resultado é menos pessoas com acesso e, por consequência, aumento da contaminação. Mais uma vez, o Estado fazendo o seu papel principal: piorar a vida das pessoas. Texto de Edilson Aguiais, no Facebook.